O professor José Eduardo trabalhou com os seus alunos do 3º e 4º ano,uma série de estratégias de compreensão da leitura.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
A narrativa
Estratégias de automonitorização da compreensão do conteúdo textual
Uma interessante actividade capaz de auxiliar a activação de um quadro de referências intertextuais
A professora Elvira seleccionou uma série de histórias que distribuiu aos seus alunos.
Cada um dos alunos escolheu uma frase do livro que lhe coube.
As frases foram escritas no quadro e surgiu o seguinte texto:
Histórias misturadas
Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam.
A Lua já foi mais longe, Saturno e Marte também.
_ Que desordem é esta? – indignou-se uma das vozes, vendo as camas todas de fresco.
Cuidadosamente foram andando até casa da avozinha, que morava numa pequena vivenda com jardim.
O lobo colocou uma touca na cabeça.
Afinal, era evidente que a tartaruga demoraria muito tempo a atravessar por entre todas aquelas árvores…
No dia seguinte, as crianças brincam aos príncipes e às princesas.
- Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão.
Há muitos, muitos anos existiram a meio do oceano uma terra muito grande e muito rica chamada Atlântida.
As frases foram lidas organizadas e introduziram-se algumas modificações...
Surgiu este belo texto
Histórias misturadas de fresco
Há muitos, muitos anos existiu a meio do oceano uma terra muito grande e muito rica chamada Atlântida.
Lá, a Lua ficava mais longe, Saturno e Marte também.
Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam.
No dia seguinte, as crianças brincavam aos príncipes e às princesas.Cuidadosamente foram andando até casa da avozinha, que morava numa pequena vivenda com jardim.
O lobo colocou uma touca na cabeça e disse:
- Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão.
Afinal, era evidente que a tartaruga demoraria muito tempo a atravessar por entre todas aquelas árvores…
_ Que desordem é esta? – indignou-se uma das vozes, vendo as histórias todas misturadas de fresco.
– Bastuço S.tº Estêvão Alunos do 1º e 2º anos
Cada um dos alunos escolheu uma frase do livro que lhe coube.
As frases foram escritas no quadro e surgiu o seguinte texto:
Histórias misturadas
Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam.
A Lua já foi mais longe, Saturno e Marte também.
_ Que desordem é esta? – indignou-se uma das vozes, vendo as camas todas de fresco.
Cuidadosamente foram andando até casa da avozinha, que morava numa pequena vivenda com jardim.
O lobo colocou uma touca na cabeça.
Afinal, era evidente que a tartaruga demoraria muito tempo a atravessar por entre todas aquelas árvores…
No dia seguinte, as crianças brincam aos príncipes e às princesas.
- Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão.
Há muitos, muitos anos existiram a meio do oceano uma terra muito grande e muito rica chamada Atlântida.
As frases foram lidas organizadas e introduziram-se algumas modificações...
Surgiu este belo texto
Histórias misturadas de fresco
Há muitos, muitos anos existiu a meio do oceano uma terra muito grande e muito rica chamada Atlântida.
Lá, a Lua ficava mais longe, Saturno e Marte também.
Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam.
No dia seguinte, as crianças brincavam aos príncipes e às princesas.Cuidadosamente foram andando até casa da avozinha, que morava numa pequena vivenda com jardim.
O lobo colocou uma touca na cabeça e disse:
- Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão.
Afinal, era evidente que a tartaruga demoraria muito tempo a atravessar por entre todas aquelas árvores…
_ Que desordem é esta? – indignou-se uma das vozes, vendo as histórias todas misturadas de fresco.
– Bastuço S.tº Estêvão Alunos do 1º e 2º anos
TEXTOS SUSCEPTÍVEIS DE FOMENTAREM A COMPETÊNCIA LITERÁRIA
O texto «Sábios como Camelos» foi o texto narrativo escolhido pelo professor José Eduardo para ler com os seus alunos do 3º e 4º ano
Ler e aprender a conversar acerca do texto
Segmentação do conto em unidades significativas
A atribuição de um fim diferente ao conto
Alguns dos finais encontrados pelos alunos para a narrativa «Sábios como camelos»
«...o pastor encontrou uma garrafa, abanou-a e de dentro saiu um camelo que lhe concedeu três desejos:o primeiro foi que grão-vizir o perdoasse, o segundo foi sair da prisão e o terceiro foi que o grão-vizir recuperasse os seus livros.
No dia seguinte,saiu da prisão e foi-se embora.»
Andreia e João Alexandre
«...os camelos acabaram por salvar o pastor.Ele voltou a fazer todos os livros para agradecer aos camelos.»
Diana e Lucinda
«...apareceram quatro sábios muito espertos.Eles conseguiram enganar os guardas, sacaram das pistolas e mataram quarenta guardas.A seguir,salvaram o pastor.»
Sérgio e Bruna
«...um dia os camelos foram ao supermercado dos camelos,compraram máscaras e pistolas para que ninguém os impedisse de prosseguir o seu caminho.
No dia seguinte,como eles eram sábios,dirigiram-se discretamente para a prisão, para salvarem o pastor.Mas apareceram os guardas e os camelos deram-lhes alguns tiros e salvaram o pastor»
Luís Marques e Daniel
«...um dia, os quatrocentos camelos encontraram um mágico e pediram-lhe que os transformasse em pessoas sábias.
Em seguida,mataram os guardas e salvaram o pastor que lhes dera de comer.
Finalmente,fugiram para o Brasil»
Susana e Ana Isabel
Ler e aprender a conversar acerca do texto
Segmentação do conto em unidades significativas
A atribuição de um fim diferente ao conto
Alguns dos finais encontrados pelos alunos para a narrativa «Sábios como camelos»
«...o pastor encontrou uma garrafa, abanou-a e de dentro saiu um camelo que lhe concedeu três desejos:o primeiro foi que grão-vizir o perdoasse, o segundo foi sair da prisão e o terceiro foi que o grão-vizir recuperasse os seus livros.
No dia seguinte,saiu da prisão e foi-se embora.»
Andreia e João Alexandre
«...os camelos acabaram por salvar o pastor.Ele voltou a fazer todos os livros para agradecer aos camelos.»
Diana e Lucinda
«...apareceram quatro sábios muito espertos.Eles conseguiram enganar os guardas, sacaram das pistolas e mataram quarenta guardas.A seguir,salvaram o pastor.»
Sérgio e Bruna
«...um dia os camelos foram ao supermercado dos camelos,compraram máscaras e pistolas para que ninguém os impedisse de prosseguir o seu caminho.
No dia seguinte,como eles eram sábios,dirigiram-se discretamente para a prisão, para salvarem o pastor.Mas apareceram os guardas e os camelos deram-lhes alguns tiros e salvaram o pastor»
Luís Marques e Daniel
«...um dia, os quatrocentos camelos encontraram um mágico e pediram-lhe que os transformasse em pessoas sábias.
Em seguida,mataram os guardas e salvaram o pastor que lhes dera de comer.
Finalmente,fugiram para o Brasil»
Susana e Ana Isabel
Estratégias para a formação de leitores críticos e competentes
A professora Lúcia da EB da Pousa privilegiou a diversidade textual para desenvolver competências de compreensão da leitura nos seus alunos do 3º ano.
Três formatos textuais, três versões de uma mesma fábula.
A CIGARRA E A FORMIGA
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra que eram muito amigas.
Durante todo o Outono, a formiguinha trabalhou sem parar, a fim de armazenar comida para o período de Inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde, dos lindos pôr-do-sol do Outono nem da conversa com as amigas. Só vivia para o trabalho!
Enquanto isso, a cigarra não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o Outono, dançou, aproveitou os tempos livres, sem se preocupar muito com o Inverno que estava a chegar.
Então, passados alguns dias, começou a arrefecer. Era o Inverno que estava a bater à porta.
A formiguinha, exausta, entrou na sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Entretanto, alguém chamava pelo seu nome do lado de fora da toca e, quando abriu a porta, ficou surpresa: era a sua amiga cigarra, vestida com um maravilhoso casaco de lã e com uma mala e uma guitarra nas mãos.
- Olá, amiga! - cumprimentou a cigarra. - Vou passar o Inverno em Paris. Será que você podia cuidar da minha toca?
- Claro! Mas o que aconteceu para você ir para Paris? A cigarra respondeu-lhe:
- Imagine você que, na semana passada, eu estava a cantar num restaurante e um produtor gostou tanto da minha voz que fechei um contrato de seis meses para fazer espectáculos em Paris. A propósito, amiga, deseja algo de lá?
A formiguinha respondeu:
- Desejo, sim: se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, o que escreveu a nossa história, mande-o esfregar-se em urtigas...
A CIGARRA E A FORMIGA
Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o Verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
- Amiga - diz a cigarra -
- Prometo, à fé de animal,
Pagar- lhe, antes de Abril,
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
- No Verão, que fazias?
Boa vida? - ela pergunta.
Responde a outra: - Eu cantava
Noite e dia, a toda hora.
- Oh! Bravo! - torna a formiga
- Cantavas?
Pois então dança agora!
Pois então dança agora!
O formato textual teatro
Exploração dos conhecimentos prévios dos alunos
Leitura da fábula
A compreensão e a construção do significado da fábula
Mapa utilizado na activação/organização dos saberes
Três formatos textuais, três versões de uma mesma fábula.
A CIGARRA E A FORMIGA
Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra que eram muito amigas.
Durante todo o Outono, a formiguinha trabalhou sem parar, a fim de armazenar comida para o período de Inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde, dos lindos pôr-do-sol do Outono nem da conversa com as amigas. Só vivia para o trabalho!
Enquanto isso, a cigarra não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o Outono, dançou, aproveitou os tempos livres, sem se preocupar muito com o Inverno que estava a chegar.
Então, passados alguns dias, começou a arrefecer. Era o Inverno que estava a bater à porta.
A formiguinha, exausta, entrou na sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Entretanto, alguém chamava pelo seu nome do lado de fora da toca e, quando abriu a porta, ficou surpresa: era a sua amiga cigarra, vestida com um maravilhoso casaco de lã e com uma mala e uma guitarra nas mãos.
- Olá, amiga! - cumprimentou a cigarra. - Vou passar o Inverno em Paris. Será que você podia cuidar da minha toca?
- Claro! Mas o que aconteceu para você ir para Paris? A cigarra respondeu-lhe:
- Imagine você que, na semana passada, eu estava a cantar num restaurante e um produtor gostou tanto da minha voz que fechei um contrato de seis meses para fazer espectáculos em Paris. A propósito, amiga, deseja algo de lá?
A formiguinha respondeu:
- Desejo, sim: se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, o que escreveu a nossa história, mande-o esfregar-se em urtigas...
A CIGARRA E A FORMIGA
Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o Verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
- Amiga - diz a cigarra -
- Prometo, à fé de animal,
Pagar- lhe, antes de Abril,
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
- No Verão, que fazias?
Boa vida? - ela pergunta.
Responde a outra: - Eu cantava
Noite e dia, a toda hora.
- Oh! Bravo! - torna a formiga
- Cantavas?
Pois então dança agora!
Pois então dança agora!
O formato textual teatro
Exploração dos conhecimentos prévios dos alunos
Leitura da fábula
A compreensão e a construção do significado da fábula
Mapa utilizado na activação/organização dos saberes
O PODER DAS HISTÓRIAS
O jogo dos erros
A professora Irene, da EB de Bastuço trabalhou com os seus alunos do 1º ano, o conto «A menina dos caracóis de oiro e os três ursinhos», cuja linha orientadora os alunos já conheciam. No decurso da leitura foi introduzindo alterações: troca de palavras,de acções,características das personagens...Os alunos tinham de descobrir essas alterações dizendo «stop» e de imediato a professora repunha a situação correcta.
A professora Irene, da EB de Bastuço trabalhou com os seus alunos do 1º ano, o conto «A menina dos caracóis de oiro e os três ursinhos», cuja linha orientadora os alunos já conheciam. No decurso da leitura foi introduzindo alterações: troca de palavras,de acções,características das personagens...Os alunos tinham de descobrir essas alterações dizendo «stop» e de imediato a professora repunha a situação correcta.
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