quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Estratégias para a formação de leitores críticos e competentes

A professora Lúcia da EB da Pousa privilegiou a diversidade textual para desenvolver competências de compreensão da leitura nos seus alunos do 3º ano.


Três formatos textuais, três versões de uma mesma fábula.

A CIGARRA E A FORMIGA

Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra que eram muito amigas.
Durante todo o Outono, a formiguinha trabalhou sem parar, a fim de armazenar comida para o período de Inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde, dos lindos pôr-do-sol do Outono nem da conversa com as amigas. Só vivia para o trabalho!
Enquanto isso, a cigarra não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o Outono, dançou, aproveitou os tempos livres, sem se preocupar muito com o Inverno que estava a chegar.
Então, passados alguns dias, começou a arrefecer. Era o Inverno que estava a bater à porta.
A formiguinha, exausta, entrou na sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Entretanto, alguém chamava pelo seu nome do lado de fora da toca e, quando abriu a porta, ficou surpresa: era a sua amiga cigarra, vestida com um maravilhoso casaco de lã e com uma mala e uma guitarra nas mãos.
- Olá, amiga! - cumprimentou a cigarra. - Vou passar o Inverno em Paris. Será que você podia cuidar da minha toca?
- Claro! Mas o que aconteceu para você ir para Paris? A cigarra respondeu-lhe:
- Imagine você que, na semana passada, eu estava a cantar num restaurante e um produtor gostou tanto da minha voz que fechei um contrato de seis meses para fazer espectáculos em Paris. A propósito, amiga, deseja algo de lá?
A formiguinha respondeu:
- Desejo, sim: se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, o que escreveu a nossa história, mande-o esfregar-se em urtigas...

A CIGARRA E A FORMIGA

Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o Verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
- Amiga - diz a cigarra -
- Prometo, à fé de animal,
Pagar- lhe, antes de Abril,
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
- No Verão, que fazias?
Boa vida? - ela pergunta.
Responde a outra: - Eu cantava
Noite e dia, a toda hora.
- Oh! Bravo! - torna a formiga
- Cantavas?
Pois então dança agora!
Pois então dança agora!


O formato textual teatro


Exploração dos conhecimentos prévios dos alunos


Leitura da fábula



A compreensão e a construção do significado da fábula


Mapa utilizado na activação/organização dos saberes




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