Estratégias para abordar o texto narrativo «Sábios como Camelos»
Activação dos conhecimentos prévios A activação dos conteúdos com base no título da obra A leitura da narrativa Em grupo, os alunos trabalham a narrativa A construção da linha de tempo da narrativa Segmentação da narrativa nos seus momentos significativos e construção de uma prancha da história
O professor Nuno da EB de Bastuço stº Estêvão preparou este power-point para que os seus alunos do 3º e 4º ano, percebessem as principais diferenças entre os dois formatos textuais:a narrativa e o teatro. Usou como suporte o texto «Os dez anõezinhos da tia Verde Água»
A professora Ângela,da EB de Sequeade seleccionou uma série de estratégias de abordagem textual, com o objectivo de dotar os seus alunos do 3º e 4º ano, de «ferramentas» que lhes permitam atingir a automonitorização da compreensão da leitura
A professora Elvira seleccionou uma série de histórias que distribuiu aos seus alunos. Cada um dos alunos escolheu uma frase do livro que lhe coube.
As frases foram escritas no quadro e surgiu o seguinte texto:
Histórias misturadas Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam. A Lua já foi mais longe, Saturno e Marte também. _ Que desordem é esta? – indignou-se uma das vozes, vendo as camas todas de fresco. Cuidadosamente foram andando até casa da avozinha, que morava numa pequena vivenda com jardim. O lobo colocou uma touca na cabeça. Afinal, era evidente que a tartaruga demoraria muito tempo a atravessar por entre todas aquelas árvores… No dia seguinte, as crianças brincam aos príncipes e às princesas. - Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão. Há muitos, muitos anos existiram a meio do oceano uma terra muito grande e muito rica chamada Atlântida.
As frases foram lidas organizadas e introduziram-se algumas modificações... Surgiu este belo texto
Histórias misturadas de fresco Há muitos, muitos anos existiu a meio do oceano uma terra muito grande e muito rica chamada Atlântida. Lá, a Lua ficava mais longe, Saturno e Marte também. Francisco nem queria acreditar no que os seus olhos viam. No dia seguinte, as crianças brincavam aos príncipes e às princesas.Cuidadosamente foram andando até casa da avozinha, que morava numa pequena vivenda com jardim. O lobo colocou uma touca na cabeça e disse: - Não vi velha nem velhinha, não vi velha nem velhão. Afinal, era evidente que a tartaruga demoraria muito tempo a atravessar por entre todas aquelas árvores… _ Que desordem é esta? – indignou-se uma das vozes, vendo as histórias todas misturadas de fresco.
O texto «Sábios como Camelos» foi o texto narrativo escolhido pelo professor José Eduardo para ler com os seus alunos do 3º e 4º ano
Ler e aprender a conversar acerca do texto
Segmentação do conto em unidades significativas
A atribuição de um fim diferente ao conto
Alguns dos finais encontrados pelos alunos para a narrativa «Sábios como camelos»
«...o pastor encontrou uma garrafa, abanou-a e de dentro saiu um camelo que lhe concedeu três desejos:o primeiro foi que grão-vizir o perdoasse, o segundo foi sair da prisão e o terceiro foi que o grão-vizir recuperasse os seus livros. No dia seguinte,saiu da prisão e foi-se embora.» Andreia e João Alexandre
«...os camelos acabaram por salvar o pastor.Ele voltou a fazer todos os livros para agradecer aos camelos.» Diana e Lucinda
«...apareceram quatro sábios muito espertos.Eles conseguiram enganar os guardas, sacaram das pistolas e mataram quarenta guardas.A seguir,salvaram o pastor.» Sérgio e Bruna
«...um dia os camelos foram ao supermercado dos camelos,compraram máscaras e pistolas para que ninguém os impedisse de prosseguir o seu caminho. No dia seguinte,como eles eram sábios,dirigiram-se discretamente para a prisão, para salvarem o pastor.Mas apareceram os guardas e os camelos deram-lhes alguns tiros e salvaram o pastor» Luís Marques e Daniel
«...um dia, os quatrocentos camelos encontraram um mágico e pediram-lhe que os transformasse em pessoas sábias. Em seguida,mataram os guardas e salvaram o pastor que lhes dera de comer. Finalmente,fugiram para o Brasil» Susana e Ana Isabel
A professora Lúcia da EB da Pousa privilegiou a diversidade textual para desenvolver competências de compreensão da leitura nos seus alunos do 3º ano.
Três formatos textuais, três versões de uma mesma fábula.
A CIGARRA E A FORMIGA Era uma vez uma formiguinha e uma cigarra que eram muito amigas. Durante todo o Outono, a formiguinha trabalhou sem parar, a fim de armazenar comida para o período de Inverno. Não aproveitou nada do Sol, da brisa suave do fim da tarde, dos lindos pôr-do-sol do Outono nem da conversa com as amigas. Só vivia para o trabalho! Enquanto isso, a cigarra não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo o Outono, dançou, aproveitou os tempos livres, sem se preocupar muito com o Inverno que estava a chegar. Então, passados alguns dias, começou a arrefecer. Era o Inverno que estava a bater à porta. A formiguinha, exausta, entrou na sua singela e aconchegante toca, repleta de comida. Entretanto, alguém chamava pelo seu nome do lado de fora da toca e, quando abriu a porta, ficou surpresa: era a sua amiga cigarra, vestida com um maravilhoso casaco de lã e com uma mala e uma guitarra nas mãos. - Olá, amiga! - cumprimentou a cigarra. - Vou passar o Inverno em Paris. Será que você podia cuidar da minha toca? - Claro! Mas o que aconteceu para você ir para Paris? A cigarra respondeu-lhe: - Imagine você que, na semana passada, eu estava a cantar num restaurante e um produtor gostou tanto da minha voz que fechei um contrato de seis meses para fazer espectáculos em Paris. A propósito, amiga, deseja algo de lá? A formiguinha respondeu: - Desejo, sim: se você encontrar por lá um tal de La Fontaine, o que escreveu a nossa história, mande-o esfregar-se em urtigas...
A CIGARRA E A FORMIGA
Tendo a cigarra, em cantigas, Folgado todo o Verão, Achou-se em penúria extrema, Na tormentosa estação. Não lhe restando migalha Que trincasse, a tagarela Foi valer-se da formiga, Que morava perto dela. - Amiga - diz a cigarra - - Prometo, à fé de animal, Pagar- lhe, antes de Abril, Os juros e o principal. A formiga nunca empresta, Nunca dá; por isso, junta. - No Verão, que fazias? Boa vida? - ela pergunta. Responde a outra: - Eu cantava Noite e dia, a toda hora. - Oh! Bravo! - torna a formiga - Cantavas? Pois então dança agora! Pois então dança agora!
O formato textual teatro
Exploração dos conhecimentos prévios dos alunos
Leitura da fábula
A compreensão e a construção do significado da fábula
Mapa utilizado na activação/organização dos saberes